Caro público,

Hoje trago uma reflexão acerca de um episódio recente que aconteceu em Tijucas, Santa Catarina. Um assessor parlamentar do deputado estadual Jesse Lopes (PL-SC), Renato Laurindo, questionou o uso da linguagem neutra em uma folha de propostas entregue pela Secretaria Municipal de Saúde. O assessor gravou um vídeo e compartilhou nas redes sociais seu desconforto com o uso da linguagem neutra, alegando que contestou o secretário municipal de Saúde, que afirmou seguir uma cartilha federal sobre o assunto. No dia seguinte, o assessor compartilhou um exemplo de outra cidade que não usou a linguagem neutra, acrescentando a legenda "Sem militância, sem lacração, sem todex".


Diante disso, gostaria de ressaltar que como um comunicador que já exerceu a função de assessor e participou de diversos cursos, treinamentos, oficinas e palestras sobre o assunto, inclusive como proprietário do blog Folha do Maranhão e presidente estadual de um partido em formação, o Partido Humanitário Nacional, reforço a importância da inclusão e respeito à diversidade de gênero.


A linguagem neutra é uma forma de tornar a comunicação mais inclusiva e respeitosa com as pessoas que não se identificam com as categorias binárias de gênero masculino e feminino. Isso não é uma questão de "militância" ou "lacração", mas sim de reconhecimento da existência de diversas identidades de gênero que merecem ser respeitadas e valorizadas.


Cabe destacar que em novembro de 2022, ocorreu a “Capacitação para atendimento da população LGBTQIA+" com os servidores da Secretaria de Desenvolvimento Social na Universidade Aberta do Brasil, que contou com a participação da Defensora Pública Carolina Dias e do coletivo Arcoitz. Esse é um exemplo de como é importante investir em capacitação e formação para que possamos construir uma sociedade mais justa e igualitária para todos.


Portanto, repudio o posicionamento do assessor parlamentar em questionar o uso da linguagem neutra e espero que possamos caminhar em direção a uma sociedade mais inclusiva e respeitosa. A diversidade é um valor que deve ser celebrado e não combatido.


Atenciosamente,

Ivan Filho

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