Tendas foram montadas e cadeiras colocadas na Praça da Estação. PEC 55, que limita gastos públicos durante 20 anos, está entre reclamações.




Sindicatos e centrais sindicais reúnem manifestantes nesta sexta-feira (25) no Centro de Belo Horizonte pelo Dia Nacional de Luta por Direitos. A manifestação é contra a PEC 55 – que limita os gastos públicos durante 20 anos, contra a retirada de direitos adquiridos, contra as reformas trabalhista e previdenciária propostas pelo governo Temer. Tendas foram montadas e cadeiras colocadas na Praça da Estação, onde uma assembleia é realizada.
Até a publicação desta reportagem, a Polícia Militar (PM) e os organizadores não haviam informado o número de pessoas que participavam do ato.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos de Belo Horizonte (Sindibel), Israel Arimar, uma assembleia será feita na Praça da Estação e, no fim da manhã, os manifestantes vão fazer uma passeata até a Praça Sete. Arimar disse que um ato será feito na Praça Sete, como o bloqueio do trânsito. Ainda segundo ele, servidores municipais, estaduais e federais de áreas como saúde e educação, por exemplo, participam do protesto.
O secretário-geral da Central ùnica dos Trabalhadores (CUT), Jairo Nogueira, disse que o movimento é importante para "tentar barrar todas essas políticas praticadas pelo governo Temer". "Eles querem fazer reformas, como o da Previdência, sem discutir com ninguém. Para nós trabalhadores, não há nenhuma vantagem", ressaltou Nogueira.
Neuza Freitas, diretora do Sindicato Único dos Trabalhadores da Saúde de Minas Gerais (Sind-Saúde-MG) e secretária de Políticas Sociais e Direitos Humanos da CUT-MGs, disse que está sendo realizada uma assembleia dos trabalhadores da saúde estadual. Eles cobram o cumprimento do acordo com o governo de Minas.
Neuza explicou que a categoria está em estado de greve. Os trabalhadores pedem redução da jornada, plano de carreira e reajuste salarial, entre outras coisas.
Além disso, o ato é contra a PEC 55. "Essa proposta é o fim do serviço público, é o fim do Sistema Único de Saúde (SUS) como um todo. "A gente não pode aceitar que um governo golpista retire esses direitos".
A presidente da CUT-MG, Beatriz Cerqueira, também se pronunciou. "O dia 25 de novembro foi uma data construída entre as centrais sindicais como um dia de luta e de protesto contra as medidas do governo, ilegítimas, do Michel Temer que ele tem anunciado. O problema do nosso país não é um país que tem direito demais e que tem que diminuí-los com negociatas. [...] O problema do nosso país não é que nós investimos muito na saúde e na educação para agora querer diminuir isso através da PEC 55. Nós temos como força essa organização coletiva: paralisar as atividades e protestar como forma de pressão para que essas medidas não se implementem no país”, disse a presidente da CUT-MG.
No começo da manhã, a informação em escolas era de que o movimento estava normal. Na Escola Municipal Belo Horizonte, pais e reponsáveis pelos alunos receberam circular informando que dez turmas do primeiro ao nono ano não teriam aula. No Hospital de Pronto-Socorro do João XXIII e no Hospital Infantil João Paulo II, funcionários disseram que o atendimento não foi afetado. O sindicato informou que tem servidor que aderiu a paralisação.
As secretarias de Educação e de Saúde do estado e de Belo Horizonte informaram que ainda não havia balanço da adesão dos servidores no ato.

Outros grupos
A Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans) informou que cerca de 100 manifestantes também ptotestavam pela Avenida Antônio Carlos em direção ao Centro. Um segundo grupo se deslocava pelo Viaduto B do Complexo da Lagoinha em direção à Avenida Afonso Pena, sentido bairro Mangabeiras. O deslocamento causava retenção no trânsito na região central da capital mineira. Os manifestantes vão se encontrar na Praça Sete.

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