Implantado em 2006 com metodologia de Aprendizagem Baseada em Problemas, curso comemora década formando profissionais humanizados.




Há 10 anos, o curso de Medicina da Unifor era iniciado. Responsável pela formação de mais de 500 profissionais na última década, a Unifor é hoje referência no cenário médico estadual, atentando para uma formação participativa e humanizada. De acordo com a coordenadora do curso, professora Rivianny Arrais, um dos grandes diferenciais do curso é sua abordagem pedagógica através do Problem-Based Learning (PBL) ou Aprendizagem Baseada em Problemas (ABP), em que o ensino é centrado no aluno e o contexto clínico de problemas reais e cotidianos é trabalhado para uma aprendizagem efetiva.

Na época, a implantação da metodologia ativa de ensino PBL fez a Unifor ser a primeira universidade do estado a utilizar uma das mais modernas e eficientes formas de aprendizagem. Nesse método, o aluno sai da posição passiva de receptor de conteúdo e passa a ter um papel ativo como principal responsável pelo próprio aprendizado, sendo os professores tutores e facilitadores do conteúdo, ao contrário de detentores e impositores do conhecimento.

O ensino se dá através da apresentação de um problema a um grupo de alunos que, com o auxílio de um tutor, se reúne em volta da problemática, pesquisam, analisam e estudam maneiras de solucioná-la. “A metodologia tem foco centrado no estudante com o objetivo de fazê-lo desenvolver uma autonomia em estudo e trabalho. Permitir que o estudante saiba buscar suas referências e tenha a autonomia de estudo é algo fundamental para que ele se atualize permanentemente, o que é vital na profissão”, explica a professora Rivianny Arrais.
Larissa Rodrigues entrou este semestre no curso. Ela conta que a rotina é bem puxada, mas que está gostando desse novo momento da sua vida. “O mais complicado é a adaptação ao PBL porque essa metodologia é muito diferente da que somos acostumados, a metodologia tradicional, na qual passamos a vida inteira estudando na escola. Mas os professores são muito bons e nos ajudam muito, principalmente para quem é do primeiro semestre. Eles dão um suporte muito grande”, completa.

Com seis anos de duração, o curso possui um dos mais modernos parques tecnológicos de laboratórios de Medicina, equiparado com os das melhores escolas médicas internacionais. O curso foi avaliado pelo Ministério da Educação em 2012 e recebeu conceito máximo em todas as dimensões: institucional, projeto pedagógico, corpo docente e infraestrutura.

A matriz pedagógica é dividida em três eixos curriculares: o humanístico-profissional, o técnico-científico e o comunitário-assistencial. Esses eixos são trabalhados em conjunto ao longo da graduação dentro de cada um dos módulos, apresentados através de conteúdos organizados em sistemas orgânicos, ciclos de vida e apresentações clínicas. Há também diversas ferramentas de estratégia educacional que auxiliam na construção de um aprendizado efetivo, como a existência de grupos tutoriais, práticas em laboratórios, capacitação em habilidades e atitudes, conferências e interação ensino-serviços-comunidade.

Com aulas em tempo integral, os alunos participam, desde o primeiro semestre do curso, de atividades nos serviços de saúde conveniados com a Unifor, seja da rede municipal ou estadual.

A Universidade conta com parcerias com o Hospital Geral de Fortaleza, Hospital Albert Sabin, Hospital Valdemar de Alcântara, Hospital de Saúde Mental e Hospital de Messejana. Além desses, ainda há convênios com clínicas particulares, Unidades Básicas de Saúde (UPAs), postos distritais e também com o SAMU.

NAMI
Realizando cerca de 300 mil procedimentos simples e complexos por ano, o Núcleo de Atenção Médica Integrada (NAMI) atende aproximadamente 25 mil pacientes de Fortaleza e interior, através dos convênios com as redes municipal e estadual de saúde.

O NAMI é ambiente de prática médica para os alunos, e vai desde consultas médicas, análises laboratoriais e imunização a serviços especializados em diagnósticos por imagem, Enfermagem, Nutrição, Psicologia, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Serviço Social e Terapia Ocupacional. Além disso, diversos grupos de estudos e tutorias trabalham temas como saúde mental, climtério, alongamento, acompanhamento a gestantes, entre outros.

Humanizando a profissão
Uma das características que o curso mais preza na formação dos profissionais de Medicina é o desenvolvimento da parte humanística do currículo. A professora Verônica Costa afirma que há sintomas de carência deste aspecto não só na profissão e nas escolas médicas, como na sociedade em geral e, por tal motivo, a Unifor optou por adotar essa abordagem na estruturação do curso.

“Desde 2006 desenvolvemos a parte de humanização. Isso existe dentro do currículo, mas, sobretudo, buscamos fazer com que o professor seja esse modelo de profissional humanizado para que os alunos possam se espelhar e reproduzir isso no mercado e na sociedade”, explica Verônica. “Não basta termos uma grade curricular onde há o foco na humanização se não tivermos profissionais que sejam modelos, que atuem de forma a exemplificar para os alunos como eles devem atuar”, acrescenta.

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